quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pendurando as chuteiras

Eu achei que já tinha feito isso há tempos.
Mas, não. Dou vários passos, mas quando percebo... Foi em círculo.
E eu me vejo, de novo, olhando para você pela vidraça...

Como um jogador que abandona sua função em campo,
mas continua apaixonado pelo time...
Pode até trabalhar para outro, mas sabe bem a quem seu coração responde.

E aí? Como ele faz?
Deixa de jogar no outro time, mesmo sabendo que jamais será aceito de volta no clube que ama?
Mesmo sabendo que, na verdade, nunca o quiseram lá como ele queria?

É como se ele tivesse trabalhado lá por anos, mas nunca lhe deram uma chance como titular.
Mesmo assim, ele se dedicou, amou e idolatrou o time. Chegou a se iludir acreditando que uma hora iria entrar em campo...
Afinal por que o manteriam por tanto tempo no clube se não gostassem dele?
Por quê?
Tiveram gastos com ele, o deixou ocupando um espaço... se não tinham a intenção de fazê-lo entrar em campo?

Quando ele notou que realmente não havia essa intenção... Deu uma chance para o time que já o vislumbrava e, apesar de valorizar o novo clube, jamais será capaz de amá-lo como o primeiro.

Será que a única solução é pendurar de vez as chuteiras?

Ele só espera uma explicação. Um porquê.

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